MONARQUIA NA CONAGUIB
O Fórum Académico da Confederação
Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau realizado ontem, 12 de
Outubro 2017, concluiu que é urgente acabar com aquilo que considera de “regime
de monarquia” dentro da organização.
A conclusão foi tornada pública em
conferência de imprensa para esclarecer a opinião pública a real situação
dentro da Confederação Nacional das Associações estudantis da Guine Bissau
(CONAEGUIB).
O movimento que integra alguns
estudantes das diferentes instituições académicas do país, inconformados com a
forma como a CONAEGUIB está a ser dirigida pelos atuais responsáveis, diz que
quer introduzir reforma na Confederação para banir o que qualifica de “regime
de monarquia”.
O coordenador do Fórum Académico,
Dêncio Florentino Ié, sublinhou que a confederação está a perder com o rumo da
liderança, porque há mais de dois anos que o presidente não realiza
Assembleia-geral.
Este líder estudantil acusa Fidelis
Biombo Cá de não estar interessado em marcar a data para convocar uma
assembleia para discussão e eventual aprovação dos relatórios de atividades e
de contas da atual direção, criação de uma comissão eleitoral e a revisão de
regulamento eleitoral.
Segundo Dêncio Florentino Ié, a
direção criou nos anos anteriores um bloqueio que veda a certos delegados
ligados à organização a possiblidade de participar nas eleições.
“Permitiu que outros participassem,
porque foram manipulados a aprovar um regulamento que diz quem pretende se candidatar
à liderança da Confederação teria que depositar um valor de cem mil (100)
francos CFA e foi assim que atual presidente Fidelis Biombo Cá conseguiu
candidatar-se para a liderança da organização estudantil guineense, mas sem se
confirmar se realmente depositou ou não o valor em causa”, lamenta.
Em relação ao setor educativo,
Dêncio Florentino Ié, que também preside associação dos estudantes da Faculdade
de Medicina de Bissau, avança que a atual direção liderada por Fidelis Biombo
Cá nunca teve uma posição aceitável sobre as sucessivas greves no setor
educativo da Guiné-Bissau e também de desrespeitar as regras internas da
organização.
VERDADE-GB
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